APRESENTAÇÃO
As crianças que freqüentam a escola desde os primeiros anos de vida apresentam melhor desempenho no processo de ensino-aprendizagem. Essa é a conclusão do estudo “O efeito da educação infantil sobre o desempenho escolar”, medidos em exames padronizados que tomou como base resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) de 2003 e da Prova Brasil de 2005. Alunos que passaram pela educação infantil obtiveram 15,9 pontos a mais nos exames quando comparados aos que não estavam na escola nessa fase. Com o foco voltado para a região sudeste, os benefícios ficam mais evidentes. O desempenho é semelhante ao de estudantes da sétima série. Mais benefícios também foram apontados pelo estudo” O efeito da pré-escola sobre os salários, a escolaridade e a proficiência escolar”. A renda de quem freqüentou a creche é o dobro da de quem foi para a escola só depois dos seis anos de idade. E o acesso a universidade é maior sendo que vinte e oito por cento dos que entraram na creche antes dos três anos de idade tem nível universitário.
Portanto, se faz necessário que as escolas desenvolvam um trabalho voltado para permanência e sucesso no processo educativo dos discentes.
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Garantir através de ações planejadas o desenvolvimento infantil pleno e a aquisição de conhecimentos com o intuito de que o aluno construa sua autonomia e atuação crítica na sociedade de maneira democrática e saudável.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Melhorar e garantir o acesso dos educandos à escola.
Estimular a regularidade escolar aumentando a freqüência e o envolvimento dos alunos no processo educativo.
Dinamizar e diversificar as atividades escolares de maneira que os alunos vivenciem práticas prazerosas ajudando-os a desenvolverem o pensamento crítico e autônomo, integrando ainda, alunos e familiares aos projetos desenvolvidos no ambiente escolar.
JUSTIFICATIVA
A escola é o lugar de se construir, sistematizar, se apropriar e socializar o conhecimento. Além disso, a escola tornou-se um meio pelo qual o sujeito pode ter seu direito à cidadania garantido. Mas apesar de toda essa representatividade na vida do cidadão, vemos ano após ano que a evasão tem aumentado em algumas escolas brasileiras. Diante desses problemas professores e gestores questionam-se com a intenção de compreender a situação e buscar a solução mais viável para a mesma.
No ano de 2005, o “Registro de justificativas para baixa freqüência” do programa Bolsa família do governo federal, mostrou que de acordo com as opções marcadas pelas escolas para justificar a ausência dos alunos, as mais usadas seriam “negligência dos pais” e “sem motivos identificados”. Porém, a reincidência desse tipo de registro, sugere que os gestores, na ausência de uma informação mais próxima da realidade, acabam optando por marcar um motivo genérico o simplesmente se abstêm de identificar o motivo, marcando apenas o código 57 do registro. Tal ação implica em expor mais famílias a situações de maior fragilidade e exclusão, uma vez que em virtude da evasão escolar as famílias podem ser cortadas do programa do governo. Vemos então, a importância de a escola atuar de maneira mais próxima a essas famílias para melhorar a qualidade das informações tão necessárias ao programa e, com isso, facilitar propostas e ações específicas que contribuam para corrigir essa deficiência.
Segundo Freire, os problemas principais da educação não são questões pedagógicas, mas sim, políticas. Para ele, o aluno deve ter uma ampla “noção de consciência crítica e prática de classe”. (Pedagogia da autonomia). É através dessa consciência e dessa criticidade vivida pelo aluno que ele conseguirá assumir-se enquanto cidadão e exercer a cidadania. Sabendo colocar-se diante da sociedade, cumprindo seus deveres e exercendo e/ou cobrando seus direitos.
Uma de nossas principais preocupações enquanto educadores (as) é descobrir qual é a escola que desejamos e como organizá-la de maneira que os alunos aprendam mais. É preciso refletir sobre o contexto social, não só o contexto da escola em que estamos inseridos. Essa reflexão deve ser mais ampla e generalizada. É preciso entender esse contexto, saber identificar as novas demandas de nossas crianças e jovens, além de conhecer, é claro, as principais causas que levam alguns alunos serem poucos assíduos e até evadirem da escola para termos realmente um ensino comprometido e de qualidade.
Segundo Anísio Teixeira, é preciso reformar a escola, e dá a ela uma nova visão da psicologia infantil. “A escola precisa transforma-se no local onde se vive e não em um centro preparatório para vida”. Em sua visão progressista, os educadores precisam de novos elementos de cultura de estudos e de recursos.
Nosso projeto de estágio propõe um trabalho mais voltado para interação, não só com os alunos, mas com suas famílias e demais moradores locais, uma vez que estando mais próximo a comunidade fica fácil identificar situações- problemas que se refletem o ambiente escolar, além de obter através dessa proximidade, os dados necessários e fundamentais para implantação de novas técnicas e metodologias que possibilitem, não só a assiduidade do aluno, mas também sua autonomia e projeção consciente na sociedade. Para tal, é preciso entender que a escola deve assumir uma postura mais reflexiva, se articulando política, administrativa, curricular e pedagogicamente. Ensinando a educar, aprendendo, sendo esse meio tão eficaz, através do qual a democracia pode ser estabelecida e se fortalecendo como agente social no combate a desigualdade.
CRONOGRAMA
DATA | ATIVIDADE PROPOSTA | DESENVOLVIMENTO | DURAÇÃO | RECURSOS |
Reinteração do ambiente escolar | Passeio nas dependências da escola para conhecer funcionamento. Em seguida, socialização na sala de aula. | 3 horas | Professor, alunos papel 40, piloto e fita adesiva. | |
Entrevista com funcionários da escola | Dividir a turma em dois grupos. Um grupo monta as questões para entrevista enquanto o outro a desempenhará. | 8 horas | Professor, alunos, funcionários, fichas para entrevista, prancheta, caneta. | |
Apresentação da caixa de sugestões | No pátio, explicar a função de uma caixa de sugestões bem como a sua importância para que a escola possa atender as necessidades dos alunos. Deixar a caixa num ponto estratégico no qual todos da escola tenham acesso. | 2 horas | Professor, alunos, caixa de papelão. | |
Fórum de discussões | No pátio, reunir os alunos para discutir sobre as sugestões mais freqüentes da caixa de sugestões e a viabilidade. | 6 horas | Coordenação pedagógica, professor, alunos, papel 40 e piloto e fita adesiva. | |
Cuidados com o meio | Mini-oficina de reciclagem e produção de cartazes que direcionem para os cuidados e zelo com a escola. | 3 horas por dia durante três dias | Garrafas pet, tampas de garrafas, caixas de papelão, caixas de fósforos, cola, pincel, tinta, jornal, cordões, glitter, durex colorido. | |
Oficina literária | Produção de diversos gêneros textuais: poemas, tirinhas, crônicas, contos, música, matérias jornalísticas com o tema “A escola que eu mereço” | 4 horas durante dois dias | Cartolina, piloto, lápis de cor, cola, canetas, fita adesiva. | |
Palestra com os pais | Encontro com pais ou responsáveis para tratar de assuntos sobre o ambiente escolar e o seu bom funcionamento. | 2 horas durante dois dias sendo o segundo encontro uma avaliação das ações implantadas. | Responsáveis pelos alunos, líderes comunitários local, corpo administrativo e pedagógico da escola e o conselho | |
Culminância do projeto aberta para todos da comunidade. | Exposição do material produzido nas oficinas, apresentações artísticas como música, dança, encenações e um momento para conclusão e uma rápida palavra a direção. | 4 horas. | Sistema de som, mural para expor os trabalhos, cadeiras para acomodar as pessoas |
RECURSOS
Pessoais






Transporte
Material permanente




AVALIAÇÃO
Será realizada durante toda ação do projeto, identificando envolvimento, participação, viabilidade e dificuldades alcançadas. Os dados ficam registrados num caderno para anotações diárias.
BIBLIOGRAFIA
Revista Nova Escola – edição junho e julho 2008
Qual a estratégia desse projeto?
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