terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Notícias Animadoras sobre Educação Infantil



O atendimento em creches no Brasil cresceu 10,5% na comparação entre 2011 e 2012 e chegou a 2.540.791 matrículas de crianças até 3 anos de idade. A expansão no número de matrículas é de 476 mil, desde 2010 — crescimento de 23% nos dois últimos anos. Os números são do Censo Escolar de 2012, elaborado pelo Inep.

Confira mais no site do MEC:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18328%3Acresce-total-de-matriculas-nas-creches-e-escolas-de-tempo-integral&catid=222&Itemid=86




domingo, 16 de dezembro de 2012

PARÂMETROS NACIONAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO INFANTIL – VOLUME 2

PARÂMETROS NACIONAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO INFANTIL – VOLUME 2




INTRODUÇÃO

A discussão sobre a qualidade da educação para crianças de 0 a 6 anos de idade oferecida nas instituições de Educação Infantil/E.I., vem adquirindo maior espaço nas escolas, universidades e entre os pesquisadores da área da educação, acompanhando as mudanças políticas e legais trazidas com a redemocratização do país. Ao longo da última década, a produção de pesquisa e estudos sobre E.I. cresceu significativamente. 
Consequentemente a preocupação com um ensino de qualidade efetivo também. Logo, a compreensão sobre a temática tornou-se cada vez mais clara, e diante dos resultados de pesquisas temos uma compreensão adequada do que vem a ser esta Educação de Qualidade. O documento em estudo nos dá um panorama geral sobre concepções e abordagens significativas para realização de um trabalho de qualidade


DEFINIÇÃO

O documento contém referências de qualidade para a educação Infantil a serem utilizadas pelos sistemas educacionais, por creches, pré-escolas e centros de Educação Infantil, que promovam a igualdade de oportunidades educacionais e que levem em conta diferenças, diversidades e desigualdades de nosso imenso território e das muitas culturas nele presentes.


COMPETÊNCIAS DO SISTEMA DE ENSINO

A qualidade não pode ser pensada exclusivamente em função do que é oferecido em cada instituição de Educação Infantil, pois depende do apoio e da orientação oferecidos pelo poder público.


É fundamental que o poder público, nos níveis da administração federal, estadual e municipal, atue em regime de colaboração recíproca. A partir dessas considerações e fundamentados citaremos a seguir algumas das competências para os sistemas de ensino em:

NÍVEL MUNICIPAL

Estabelecer diretrizes, objetivos, metas e estratégias para a área no que se refere à organização, ao financiamento e à gestão do sistema educacional como um todo, à garantia das vagas demandadas  pela população, à formação dos profissionais, ao credenciamento das instituições de Educação Infantil única e exclusivamente para o cuidado e a educação das crianças de 0 até 6 anos de idade;
O desenvolvimento de uma Política de Educação Infantil, em conformidade com a legislação nacional, demanda que as secretarias municipais de educação:
• Incluam a Educação Infantil no Plano Municipal de Educação em consonância com a política local definida para a área;
•Criem um setor de Educação Infantil disponibilizando uma equipe de profissionais e recursos para exercer suas funções no município


CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

vNo Brasil funciona em creches, pré-escolas, centros ou núcleos de Educação Infantil como também em salas anexas a escolas de Ensino Fundamental que atendem crianças de 0 até 6 anos de idade.
v    As instituições públicas de Educação Infantil no Brasil são gratuitas, laicas e apolíticas, ou seja, não professam credo religioso e político-partidário.
v    As instituições de Educação Infantil destinam-se às crianças, brasileiras e estrangeiras, sem  istinção de gênero, cor, etnia, proveniência social, credo político ou religioso, com ou sem necessidades especiais. Cabe às gestoras e aos gestores das instituições de Educação Infantil permitirem a matrícula ao longo de todo o ano letivo, sempre que houver vaga disponível.
 A Educação Infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (art. 29 da LDB). A Política Nacional de Educação Infantil parte dessa finalidade para estabelecer como uma de suas diretrizes a indissociabilidade entre o cuidado e a educação no atendimento às crianças da Educação Infantil (BRASIL, 2005a).



Parâmetros Nacionais de Qualidade
para as Instituições de Educação Infantil


Quanto à proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil:

vContemplam princípios éticos, políticos e estéticos.
v   As propostas pedagógicas das instituições de EducaçãoInfantil promovem as práticas de cuidado e educação na perspectiva da integração dos aspectos físicos, emocionais, afetivos,  cognitivo/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível.
vAs propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil consideram que o trabalho ali desenvolvido é complementar à ação da família, e a interação entre as duas instâncias é essencial ara um trabalho de qualidade.
v    As propostas pedagógicas explicitam o reconhecimento da importância da identidade pessoal dos alunos, suas famílias, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade educacional nos vários contextos em que se situem.
vAs propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil consideram a inclusão como direito das crianças com necessidades educacionais especiais.
v    As propostas pedagógicas são desenvolvidas com autonomia pelas instituições de Educação Infantil a partir das orientações legais.

Este é um só um trecho do documento, que abordei aqui de maneira bem sucinta. Para maiores informações e para ler o documento na íntegra é só clicar em:



  • Parâmetros nacionais de qualidade para educação infantil – Volume 2



BEIJOS E BEIJOSS!!










Eu havia esquecido de comentar, que consegui ingressar no curso de especialização em Docência na Educação Infantil, ofertado pela UFAL. Tenho amado tudo! Conhecer a história da E.I. não só no Brasil mas no mundo tem ajudado a repensar meu perfil enquanto profissional da área e também tem colaborado para compreensão de muitas situações ainda vivenciadas em nossa terra. O curso vai até Março de 2014. Sinto-me exatamente no caminho certo.

Com a turma no prédio IPHAN

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Seminário: Alagoas em foco, a Educação Infantil em Destaque


Aconteceu dia 31.10.2012 (ontem) o seminário que trataria da educação infantil em Alagoas. Eu estive tão mal na madrugada que antecedeu o evento (coisas mensais de mulher, afff), mas não poderia deixar de ir. Dois sublinguais e um repouso de duas horas foram suficientes para me recuperar e partir para o evento.
Eu estava ansiosa por conhecer a palestrante principal, a senhora Rita Coelho que é a coordenadora geral da educação infantil / MEC. 
A mesa inicial formada pela Professora Claudia, coordenadora do curso de especialização em docência na educação infantil do qual eu sou uma das cursistas e Edna Lopes, atual presidenta do COMED/Maceió, entre as outras convidadas, já prometia.
A senhora Geysa Almeida, consultora do MEC, que esteve com a gente na aula inaugural também esteve presente no evento. O mais interessante é que a Rita Coelho traria um tema que muito me interessaria, o Programa Brasil Carinhoso, o qual a escola em que trabalho foi contemplada. De fato eu teria que entender mais a fundo o que viria ser o referido programa para socializar em minha escola e poder, na medida do possível, desenvolvê-lo. Foi muito importante, então, participar do seminário. Agora poderei repassar as informações com segurança para as colegas de trabalho. Faz um tempinho que não escrevo aqui, então esqueci de contar que estou atuando como coordenadora pedagógica da educação infantil já tem 6 meses na escola onde trabalho agora. Mas falarei desta experiência posteriormente. O fato é que senti-me privilegiada por ter a chance de participar de um evento que trouxe um ícone da educação infantil em nosso país como é a senhora Rita Coelho. Acrescentou gigantescamente aos meus conhecimentos. Toda equipe produtora do evento está de parabéns! Só senti falta de alguns gestores municipais como é o caso do atual secretário, do futuro prefeito de nossa cidade e dos vereadores eleitos. Posteriormente, trarei uma reflexão em cima do que foi apresentado no seminário.

Por enquanto, só as fotos:

                                     
                                                               A primeira mesa





                                                Com a Prof. Lenira, uma de minhas inspirações


                                                       Geysa Almeida, consultora do MEC


                                                          Com Cátia, colega do curso
                         

...E a presença tão esperada de  Rita Coelho
                            
  

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Visita a Comunidade Quilombola de Carrasco - Arapiraca - Al


Trabalho de Campo realizado no dia 29 de Setembro de 2012 na Comunidade Quilombola de Carrasco com a equipe do NEDER (Núcleo de Estudos da Diversidade Étnico-Racial) da SEMED.
Município: Arapiraca
População: 214.006 (IBGE – 2006)
Habitantes em Carrasco: 1.500 (estimativa)
População de 0 a 06 anos: Não informada
Instituições Educacionais presentes: 01


Ao chegar na comunidade



Modalidade atendida:
Pré-escola e Fundamental 1
Número de crianças atendidas: 400 alunos (inclusive de outras comunidades vizinhas)
Número de crianças atendidas apenas na pré-escola: 100
Número de alunos por turma da pré-escola: 20
Número de turmas da pré-escola: 05
Número de adultos por sala: Dois adultos, um professor e um estagiário

Apesar de ser uma escola de período integral, só atende nesta dimensão os alunos do ensino fundamental, os alunos da pré-escola são atendidos apenas no turno vespertino. A escola é estruturada fisicamente, com espaço e salas amplas. O banheiro e as pias são adaptadas para educação infantil. A educação infantil passou a ser atendida apenas em 2008, logo após a reforma do prédio que abriga a escola.
Existem alunos com necessidades educacionais especiais comprovadas por laudo médico. Um desses alunos é portador de deficiência mental e frequenta a pré-escola. As refeições para as turmas que não ficam no período integral, acontecem apenas uma vez, seguindo o cardápio estabelecido.
Durante a visita e conversa com Dona Margarida, moradora da comunidade, foram relatados fatos históricos, curiosidades e também apelos a direção da escola. Dona Margarida solicitou que fosse investido mais na cultura do Terno de Zabumba, pois a comunidade não tem mais tocadores de pífanos, nem as crianças e jovens sentem-se estimulados a dar continuidade ao trabalho iniciado pelos antepassados. Por isso, segundo ela, é muito difícil manter os costumes antigos.
Em Carrasco, não existe grupos de estudos específicos em relação à cultura afro, as pessoas não querem ser negras, percebi que ainda possuem marcas muito profundas da discriminação e do preconceito sofridos no passado. Contudo a escola local, possui documentos em vídeo e material escrito sobre história e cultura africana. 

Crianças da comunidade apresentando o coco de roda


O resgate da identidade negra iniciou-se há dez anos e trouxe alguns elementos culturais como a capoeira, a dança de coco de roda entre outros. O nome Carrasco se deu por conta de uma planta que tomava toda região e que tinha o mesmo nome. A comunidade foi reconhecida oficialmente pelos governos federal, estadual e municipal em 2010.




Avaliação na Educação Infantil - Maceió



                                                                      *Ana Paula Santos de Oliveira


Ao entrar no município, procurei inteirar-me da proposta pedagógica do mesmo para fundamentar meu trabalho, e foi na formação continuada que adquiri um exemplar do texto. A proposta foi elaborada em 1996 e reelaborada em 2004. O documento tem o objetivo de fundamentar e sistematizar o trabalho pedagógico na educação infantil em Maceió. As considerações sobre avaliação estão apoiadas no artigo 31º da LDB trazendo uma conotação de instrumento de reflexão complexo, ou seja, ao avaliar verifica-se o avanço da aprendizagem, como ela acontece e a metodologia abordada. É uma avaliação focada no processo de desenvolvimento integral do sujeito, que considera as questões afetivas, sociais, adaptativa e cognitiva, estas na intenção de compreender como o aluno concebe e constrói suas hipóteses de leitura e de linguagem escrita (eu acrescentaria a linguagem corporeo-espacial e ainda, ao acompanhamento do processo de construção do conhecimento, o acompanhamento do processo de conhecimento de mundo e o situar-se nele). Em seus anexos, a Proposta Pedagógica para o município traz orientações para prática do docente com crianças de 0 a 6 anos e um formulário que seria o relatório no qual o professor responde a cinco questões relacionadas ao desenvolvimento do aluno e no final assina, junto com aluno, o diretor ou coordenador e o pai ou responsável. Além deste relatório também é oferecida a pauta avaliativa, que por ser considerada incompleta não fez parte dos anexos mas que é entregue aos docentes junto com o relatório, como mais um recurso que facilitará o preenchimento do mesmo ao fim do ano letivo. Atualmente a equipe técnica da SEMED discute uma próxima reformulação do documento. A ideia é contemplar itens que deixaram de ser abordados.
Particularmente senti falta de algo que nos desse um panorama histórico da educação infantil em Maceió, também percebi que o foco da proposta está mais centrado nas crianças de 4 a 6 anos, principalmente nas orientações para prática do professor, nas quais os bebês só são contemplados ao trabalhar o conteúdo arte. A parte que traz as concepções teóricas também tem um olhar mais fundamentado para as práticas com as crianças da pré-escola, de maneira que o trabalho em creches e com bebês é pouco contemplado em todo documento. O relatório anual sugere ainda, no final do documento, que a criança assine seu nome, o que para um bebê é impossível, e para algumas crianças do pré também. Como nunca trabalhei em creche não sentia tanta dificuldade em efetivar a proposta porém, ressalto que a avaliação, que segundo o documento deve ser processual e contínua, é realizada de maneira fragmentada e na maioria das vezes durante o decorrer do ano letivo não se registra o desenvolvimento de outras competências além da linguagem escrita, leitura e comportamento do aluno (no sentido de disciplina) , às vezes por falta de instrumentos de apoio da administração escolar ou por falta de orientação da equipe técnica. Atualmente tenho incentivado as docentes darem sempre sentido ao trabalho realizado, desde o planejamento aos relatórios contínuos. Temos uma avaliação que é realizada quando a criança chega à escola, outra avaliação quatro meses mais tarde e a última próxima do fim do ano letivo. Até então, tais avaliações só contemplavam as relações sócio-afetivas no relatório final, as questões de leitura e linguagem escrita detinham a maior parte da “preocupação”, então propus a gestão um novo olhar sobre esta abordagem e um posicionamento nosso diante dos resultados, até então a coordenação aguarda resposta. Por outro lado alguns pais ou responsáveis têm em mente uma concepção distorcida de aprendizagem na educação infantil. Para muitos, a criança só está aprendendo quando já consegue escrever e/ou ler alguma palavrinha, e em nome dessa “crença” cobram da própria criança competências de leitura e escrita, cobram do professor uma postura profissional e atividades de escrita no caderno diariamente, só assim é compreendido que se trabalha de verdade. Mas pode ser também que ao dividir o espaço com crianças do ensino fundamental, a metodologia da educação infantil sofra influencias de práticas voltadas para essa modalidade.
Eu acredito que uma série de fatores pode estar contribuindo para essa escolarização exarcebada da pré-escola, e para entender melhor será necessário conhecer as práticas diárias dos espaços que funcionam só como creches, só como pré-escolas, como creche e pré-escola e como pré-escola junto com ensino fundamental.
Quando trabalhei em um espaço voltado só para a pré-escola a preocupação e atenção com as questões de socialização e oralidade eram bem frequentes no momento da avaliação, é claro que as hipóteses de leitura e escrita eram avaliadas também, mas não tinham tanta ênfase em detrimento das outras questões. O que acontece nos espaços em que funcionam pré-escola e ensino fundamental, é que os docentes do fundamental esperam receber alunos “prontos”, que leiam e compreendam, que escrevam, conheçam todas as letras do alfabeto, as vogais, números etc. Quando isso não ocorre, cria-se o conceito de que o professor anterior não é bom o suficiente. Compreendo que um dos motivos que leva alguns docentes da educação infantil se empenharem em desenvolver práticas baseadas em modelos do ensino fundamental pode ser o de querer mostrar “competência” e garantir o próprio espaço no ambiente de trabalho, mas entendo também que pode ser falta de credibilidade e de compreensão da proposta pedagógica para pré-escola, Projeto Político Pedagógico inacabado ou inexistente, Plano de ação ineficiente e falta de dialogo com os pais ou responsáveis sobre o que vem a ser o trabalho educacional com crianças de 0 a 6 anos. Acrescento ainda, que o funcionamento em espaços adaptados acaba favorecendo o trabalho moldado nas práticas do ensino fundamental, ainda mais se o espaço também for dividido com esta modalidade.
Em todo caso, percebe-se que além das questões que envolvem o acomodamento das crianças em espaços adequados, também existem os interesses da família da criança e do próprio professor, e que na maioria das vezes ambos os interesses não estão em consonância com o compromisso ou consolidação dos objetivos da educação infantil, como expus anteriormente, desconsiderando eixos essenciais como o lúdico e as práticas para o favorecimento do desenvolvimento da autonomia da criança. Fica claro para mim, que o trabalho com educação infantil precisa ser conhecido, esclarecido e bem definido, para que a pré-escola em Maceió, não se pareça, ou não se torne, um intensivo para entrada no ensino fundamental.



* Graduada no Curso de Pedagogia da Faculdade de Tecnologia e Ciências - FTC EAD/Salvador
* E-mail: anapaullasos@hotmail.com

sábado, 25 de agosto de 2012

Após décadas de descaso, Maceió tem 52 mil crianças sem aula


Com 2,3 pontos nos anos finais do ensino fundamental, 
Maceió conseguiu ser a capital com o pior desempenho do 
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 
divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) no último dia
 15. Para a atual chefe de gabinete da Secretaria Municipal
 de Educação, Josefa da Conceição, isso é reflexo de um 
descuido com a educação ao longo de anos, e do constante 
"troca-troca" de secretários. "São décadas de descaso. Hoje
 temos um acúmulo de 52 mil crianças, de 0 a 5 anos, fora 
das salas de aula", diz.
Segundo Josefa, a educação de Maceió teve 12 secretários
 em oito anos. Nenhum secretário sabia o que ocorria nas 
132 escolas do município. "Hoje focamos na formação 
individualizada. Conhecemos a necessidade de cada 
escola", afirma.
Josefa diz ainda que a secretaria mudou o foco na atuação,
 investindo na formação de professores e na infraestrutura. 
"Os professores recebem capacitação para ajudar os alunos
 das séries iniciais a terem uma caminhada mais
 independente". Segundo ela, três escolas devem ser 
entregues até o fim do ano, e 20 centros de educação 
infantil estão sendo licitados - para incluir as 52 mil crianças 
fora de sala de aula. "Além disso, 30 escolas foram 
reformadas e outras oito unidades estão sendo ampliadas",
 relata. "Com este esforço, estamos trabalhando os 
resultados futuros do Ideb".


Ideb
 
A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e 
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2007, com
 dados contabilizados a partir de 2005, e leva em conta dois 
fatores que interferem na qualidade da educação: o 
rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) e 
médias de desempenho nas avaliações da pasta (Prova
 Brasil e Saeb). Os exames avaliam o conhecimento dos
 alunos em língua portuguesa e matemática no final dos 
ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série
 (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.

UFCapitalRedeIDEB 2005IDEB 2007IDEB 2009IDEB 2011


AL    
   MACEIÓ       Municipal      3,1                 3,6                     3,8                  3,8
  

Acredito que esses resultados são o reflexo da falta de uma
 política de gestão pública que dê efetivamente prioridade ao
 ensino da educação infantil em nosso município.
 Recentemente os indicadores apontaram uma população 
de mais de 200.000 (duzentas mil) crianças em idade pré-
escolar, e destas mais de duzentas mil apenas 15.788 
recebem atendimento. Um absurdo inadmissível! Além deste
 agravante, a maioria das escolas existentes precisam de
 reestruturação e aquisição de equipamentos que a tornem
 realmente aptas para modalidade, pois grande parte destas
 escolas funcionam em espaços adaptados que na realidade
 são casebres alugados pela prefeitura  sem a estrutura 
necessária para atender as crianças, o que vem a contribuir
para o comprometimento da educação em nosso município.

Paulla Sanntos







domingo, 29 de abril de 2012


A rotina diária como ação relevante para uma prática consequente




O início do ano letivo é um pouco complicado para a turminha da educação infantil, principalmente os alunos do 1º período. Um ambiente novo, cercado de pessoas desconhecidas é motivo suficiente para surgirem sentimentos de insegurança, medo e até desespero nos pequeninos. Por isso, um ambiente acolhedor é uma das estratégias para que a criança sinta-se protegida e segura. Pensando nisso, desenvolvi uma rotina diária simples mas dinâmica, na qual o aluno pode interagir por está sempre a sua disposição para consulta na sala e quando estiver familiarizado com a mesma poderá sugerir atividades que gostaria de desempenhar no ambiente escolar. É sempre bom ter coisas novas e legais para se fazer e a antecipar-se a cada momento preparado é uma maneira de evitar a ansiedade na criança além de poder utilizar esse momento como mais um recurso para aprendizagem. Observe como:



A rotina é exposta na sala, dessa maneira todos podem ver e acompanhar o que vai acontecer. Essa consulta permite visualizar algumas palavras, letras e os nomes dos dias da semana. É possível comparar a rotina com a lista dos nomes dos alunos exposta na parede para ver se tem alguém que o nome inicia com a mesma letra inicial do dia da semana e contar quantos são. Durante a consulta da rotina diária, é possível aprender matemática também, já que para cada atividade há um horário preparado e para isso é interessante verificar o relógio da sala. Assim também pode-se conhecer os números, ordem crescente, mostrar que a idade dos alunos pode ser representada com aqueles numerais também, mostrar que as horas podem estar em diversos tipos de relógio ou seja, digital e analógico e se quiser que fique mais interessante pode-se fazer um estudo de como as horas eram vistas antigamente, com certeza a turminha vai adorar. Enfim, com amor e criatividade, mesmo que a escola seja pequena e com poucos recursos dá pra fazer um bom trabalho.


                                                       



Nesta escola onde trabalhei, a coordenação pedagógica achava interessante iniciar a semana com hino nacional. Todos os alunos antes de entrar na salinha se posicionavam em fila, com mãozinha no peito para ouvir e aprender o hino. A semana iniciava sempre com um conto que era trabalhado durante toda semana.



As terças-feiras, sempre tinha uma música pra aprender e cantar, os jogos também na podiam ficar de fora.
















As quartas uma brincadeira para trabalhar a coordenação corporal e motora.










Apesar de nossa escola ser bem pequena, não ter biblioteca nem sala de leitura, às quintas eu criava uma situação de leitura na sala. Forrando o chão da mesma com TNT, pois o chão ainda era de cimento batido, então fazia um grande círculo e utilizava as caixas dos paradidáticos que a escola havia recebido do governo federal. Os alunos manuseavam os livros e depois escolhiam qual seria o do conto que queriam ouvir.







As sextas, tinha sempre um vídeo. Minha preocupação era não encher a rotina com muita “coisa” para que o tempo pudesse ser realmente bem aproveitado em cada atividade proposta.







Entendo que a chegada da criança a escola, a maneira como é abordada e recepcionada e ainda aspectos como afetividade e acolhimento implicam sobremaneira na forma como ela evolui no processo de aprendizagem. Uma rotina efetiva e bem elaborada pode favorecer a afetividade entre o professor e o aluno, pois quando se acolhe e recebe bem a criança a mesma reagirá com simpatia e abertura, acreditando no melhor daquele ambiente e daquelas pessoas, desejando voltar sempre no outro dia. Por outro lado, quando há frieza e indiferença a criança tende a rejeitar o ambiente ou, se continuar, poderá preferir se isolar excluindo-se das atividades diárias, provocando assim entraves para seu desenvolvimento e aprendizagem.

“Toda conduta, seja qual for,contêm necessariamente estes dois aspectos: o cognitivo e o afetivo” (PIAGET,1954/1994, p. 288).

Valorizar o fator afetivo na relação professor-aluno em especial na educação infantil, é trabalhar a constituição do próprio sujeito, o que é uma prática de caráter necessário para o desenvolvimento integral do mesmo.