Trabalho
de Campo realizado no dia 29 de Setembro de 2012 na Comunidade Quilombola de
Carrasco com a equipe do NEDER (Núcleo de Estudos da Diversidade Étnico-Racial)
da SEMED.
Município:
Arapiraca
População:
214.006 (IBGE – 2006)
Habitantes
em Carrasco: 1.500 (estimativa)
População
de 0 a 06 anos: Não informada
Instituições
Educacionais presentes: 01
Ao chegar na comunidade
Modalidade atendida:
Pré-escola
e Fundamental 1
Número
de crianças atendidas: 400 alunos (inclusive de outras comunidades vizinhas)
Número
de crianças atendidas apenas na pré-escola: 100
Número
de alunos por turma da pré-escola: 20
Número
de turmas da pré-escola: 05
Número de adultos por sala: Dois
adultos, um professor e um estagiário
Apesar
de ser uma escola de período integral, só atende nesta dimensão os alunos do
ensino fundamental, os alunos da pré-escola são atendidos apenas no turno
vespertino. A escola é estruturada fisicamente, com espaço e salas amplas. O
banheiro e as pias são adaptadas para educação infantil. A educação infantil
passou a ser atendida apenas em 2008, logo após a reforma do prédio que abriga
a escola.
Existem
alunos com necessidades educacionais especiais comprovadas por laudo médico. Um
desses alunos é portador de deficiência mental e frequenta a pré-escola. As
refeições para as turmas que não ficam no período integral, acontecem apenas
uma vez, seguindo o cardápio estabelecido.
Durante
a visita e conversa com Dona Margarida, moradora da comunidade, foram relatados
fatos históricos, curiosidades e também apelos a direção da escola. Dona
Margarida solicitou que fosse investido mais na cultura do Terno de Zabumba,
pois a comunidade não tem mais tocadores de pífanos, nem as crianças e jovens
sentem-se estimulados a dar continuidade ao trabalho iniciado pelos antepassados.
Por isso, segundo ela, é muito difícil manter os costumes antigos.
Em Carrasco, não
existe grupos de estudos específicos em relação à cultura afro, as pessoas não
querem ser negras, percebi que ainda possuem marcas muito profundas da
discriminação e do preconceito sofridos no passado. Contudo a escola local,
possui documentos em vídeo e material escrito sobre história e cultura
africana.
Crianças da comunidade apresentando o coco de roda
O resgate da identidade negra iniciou-se há dez anos e trouxe alguns
elementos culturais como a capoeira, a dança de coco de roda entre outros. O nome
Carrasco se deu por conta de uma planta que tomava toda região e que tinha o
mesmo nome. A comunidade foi reconhecida oficialmente pelos governos federal,
estadual e municipal em 2010.
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