quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Visita a Comunidade Quilombola de Carrasco - Arapiraca - Al


Trabalho de Campo realizado no dia 29 de Setembro de 2012 na Comunidade Quilombola de Carrasco com a equipe do NEDER (Núcleo de Estudos da Diversidade Étnico-Racial) da SEMED.
Município: Arapiraca
População: 214.006 (IBGE – 2006)
Habitantes em Carrasco: 1.500 (estimativa)
População de 0 a 06 anos: Não informada
Instituições Educacionais presentes: 01


Ao chegar na comunidade



Modalidade atendida:
Pré-escola e Fundamental 1
Número de crianças atendidas: 400 alunos (inclusive de outras comunidades vizinhas)
Número de crianças atendidas apenas na pré-escola: 100
Número de alunos por turma da pré-escola: 20
Número de turmas da pré-escola: 05
Número de adultos por sala: Dois adultos, um professor e um estagiário

Apesar de ser uma escola de período integral, só atende nesta dimensão os alunos do ensino fundamental, os alunos da pré-escola são atendidos apenas no turno vespertino. A escola é estruturada fisicamente, com espaço e salas amplas. O banheiro e as pias são adaptadas para educação infantil. A educação infantil passou a ser atendida apenas em 2008, logo após a reforma do prédio que abriga a escola.
Existem alunos com necessidades educacionais especiais comprovadas por laudo médico. Um desses alunos é portador de deficiência mental e frequenta a pré-escola. As refeições para as turmas que não ficam no período integral, acontecem apenas uma vez, seguindo o cardápio estabelecido.
Durante a visita e conversa com Dona Margarida, moradora da comunidade, foram relatados fatos históricos, curiosidades e também apelos a direção da escola. Dona Margarida solicitou que fosse investido mais na cultura do Terno de Zabumba, pois a comunidade não tem mais tocadores de pífanos, nem as crianças e jovens sentem-se estimulados a dar continuidade ao trabalho iniciado pelos antepassados. Por isso, segundo ela, é muito difícil manter os costumes antigos.
Em Carrasco, não existe grupos de estudos específicos em relação à cultura afro, as pessoas não querem ser negras, percebi que ainda possuem marcas muito profundas da discriminação e do preconceito sofridos no passado. Contudo a escola local, possui documentos em vídeo e material escrito sobre história e cultura africana. 

Crianças da comunidade apresentando o coco de roda


O resgate da identidade negra iniciou-se há dez anos e trouxe alguns elementos culturais como a capoeira, a dança de coco de roda entre outros. O nome Carrasco se deu por conta de uma planta que tomava toda região e que tinha o mesmo nome. A comunidade foi reconhecida oficialmente pelos governos federal, estadual e municipal em 2010.




Nenhum comentário:

Postar um comentário